A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, encontra-se em uma delicada posição de defesa após a revelação de que a esposa de um líder de facção criminosa, conhecida como "Dama do Tráfico amazonense", foi recebida no Ministério da Justiça durante a gestão de seu aliado, Flávio Dino. A estratégia de Gleisi para amenizar as críticas foi lançar mão de comparações com casos envolvendo membros do governo Bolsonaro, mencionando episódios controversos, como a visita a Hamilton Mourão de um empresário preso por tráfico e o emprego de familiares do ex-PM Adriano da Nóbrega no gabinete de Flávio Bolsonaro.
No entanto, as tentativas de defesa têm gerado ainda mais questionamentos sobre os critérios éticos adotados pelo PT na escolha de aliados e na ocupação de cargos públicos. A estratégia de Gleisi em atacar adversários em vez de explicar claramente as circunstâncias da reunião no Ministério da Justiça levanta dúvidas sobre a transparência e a responsabilidade do partido diante de escolhas questionáveis.
A resposta de Gleisi, ao invés de dissipar as preocupações, parece aprofundar a polêmica em torno da nomeação da "Dama do Tráfico" para um encontro oficial no Ministério da Justiça, destacando a complexidade das relações políticas e suas implicações éticas. A sociedade aguarda esclarecimentos mais convincentes por parte do PT e de seus representantes envolvidos, diante de um cenário que ameaça minar a confiança nas instituições públicas.
Com informações de Veja