No cenário político argentino, um movimento inesperado e significativo ocorreu após o primeiro turno das eleições presidenciais. Patricia Bullrich, que conquistou 23,85% dos votos, decidiu unir forças com Javier Milei, que obteve 29,88% dos votos, para enfrentar Sergio Massa, o candidato governista que liderou o primeiro turno com 36,68% dos votos. Com um total impressionante de 53,73% dos votos válidos no primeiro turno, Bullrich e Milei agora representam uma coalizão poderosa que pode desafiar o atual governo de esquerda na Argentina.
O anúncio dessa aliança surpreendeu muitos observadores políticos e eleitores argentinos. Patricia Bullrich, que concorreu pelo partido Juntos por el Cambio, optou por apoiar Javier Milei, o candidato do La Libertad Avanza, no segundo turno, que ocorrerá em 19 de novembro.
Durante uma coletiva de imprensa, Bullrich enfatizou a importância de não ser neutro em um momento tão crítico para a Argentina. Ela destacou que, na visão dela, o país não deve iniciar um novo ciclo kirchnerista liderado por Sergio Massa.
O encontro entre Bullrich e Milei ocorreu na madrugada desta quarta-feira, na casa do ex-presidente argentino Mauricio Macri, que é do mesmo partido de Bullrich. Ambos candidatos tiveram desentendimentos durante a campanha eleitoral, com Milei acusando Bullrich de ser uma "lançadora de bombas." Bullrich, por sua vez, entrou com uma queixa contra Milei por difamação e calúnia.
Essa aliança não apenas reconfigura o cenário político argentino, mas também promete uma corrida eleitoral de segundo turno acirrada, na qual Bullrich e Milei buscam unir a oposição para enfrentar o governo de esquerda representado por Sergio Massa. A Argentina está diante de uma escolha crítica, e o resultado do segundo turno terá repercussões significativas para o país e para a região.